Promoção de nossos cientistas jovens (por Alaor Chaves)

Quase todos os países que sucederam em desenvolver ciência de fronteira são ágeis na identificação e promoção de seus jovens de maior talento. Uma exceção é a Alemanha e isso tem um custo elevado, pois aquele é o país europeu que mais exporta cientistas. Quase invariavelmente os cientistas alemães que emigram são jovens ambiciosos em busca de ambientes onde possam desenvolver suas boas ideias. Na Ciência (na verdade em qualquer atividade que requeira criatividade e ousadia) quase todas as grandes realizações são feitas por jovens. É muito raro que o prêmio Nobel seja concedido a alguém que tivesse mais de quarenta anos na época do trabalho premiado. No caso da Medalha Fields – o equivalente ao Nobel na área de Matemática – o premiado não pode ter mais de quarenta anos. O Brasil não assimilou essa realidade; ou pelo menos não a incorporou à prática no fomento à ciência. As promoções na carreira docente das universidades quase só levam em conta as realizações quantitativamente acumuladas pelos concorrentes, muito pouco o potencial de cada um deles. Ignora-se que o objetivo principal das promoções deve ser dar ao jovem talentoso melhores condições para realizar seus projetos. A consequência é que a idade típica em que um docente atinge o cargo de Professor Titular é cinquenta anos, talvez mais. Em contraste, nos EUA, se um docente não se tornou Professor antes dos cinquenta anos, quase certamente nunca conseguirá essa distinção, exceto transferindo-se para uma universidade de menor nível. Em setembro de 2010 foi realizado em Brasília o I Simpósio Nacional de Avaliação Científica. Uma das recomendações originárias do simpósio foi a valorização dos jovens nas políticas das agências governamentais de fomento à ciência. Mas isso não gerou qualquer resultado prático. É especialmente anacrônica a classificação dos bolsistas de Produtividade de Pesquisa do CNPq. E o quadro se agrava, em vez de se remediar. Quase todos os bolsistas 1A e 1B do CNPq têm bem mais de quarenta anos. Uma vez que a classificação no CNPq acabou se transformando em um critério utilizado em várias outras instâncias de avaliação, e para os fins mais diversos, nossos jovens cientistas são condenados a despender seus anos de ouro da criatividade científica sem ter a possibilidade de realizar seus projetos científicos pessoais. O anacronismo da classificação de pesquisadores tem afetado até mesmo a eleição dos membros titulares da Academia Brasileira de Ciências. Na verdade, por razão talvez injustificável, no formulário de indicação dos candidatos é necessária a informação do seu nível no CNPq. Na eleição dos novos membros de 2012, que está em andamento, um físico de quarenta anos e enorme projeção internacional por pouco não foi barrado pela Comissão de Seleção dos candidatos. Isso porque, embora o referido candidato tenha mais de 10.500 citações no Web of Science e proferido quase 20 palestras convidadas em conferências internacionais, está classificado no nível 1C no CNPq. Foi salvo por um membro da Comissão que apontou: “Quem está errado é o CNPq.” Mas a eleição vai agora para a segunda etapa, na qual votam pessoas de outras áreas, que geralmente não conhecem o mérito dos candidatos. Nessa etapa, a classificação no CNPq tem um efeito que pode ser decisivo. O sistema de Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq é uma invenção brasileira. Por algum tempo ele foi muito positivo para a nossa ciência. Incentivou os mais jovens a optar pelo recém-criado regime de tempo integral, e a existência de uma avaliação em uma instância nacional externa às universidades deu mais poder interno aos que realizavam boa ciência. Foi essencial para que o Brasil passasse a produzir ciência em maior escala. Mas se alavancou a quantidade, tem sido um empecilho para que nossa ciência avance igualmente em qualidade. O sistema tem de ser aprimorado, sem o que ele irá se tornar cada vez mais deletério.

Curso de Introdução à Física de Partículas Elementares

Bacharelado em física na UFABC: Segundo Quadrimestre de 2012.

Público: Bacharelados e Licenciaturas em Física e Química, Ciências da Natureza em Geral e Engenharias.

Objetivos do curso: Introduzir o estudante ao modelo padrão das partículas elementares. Será dada uma breve perspectiva histórica, noções de métodos experimentais e do arcabouço teórico, assim como da fenomenologia envolvida. Serão apresentados cálculos básicos utilizando regras de Feynman para se chegar a seções de choque e tempos de decaimento.

E depois desse curso? O estudante que seguir na área poderá fazer os cursos introdutórios de pós-graduação em física de partículas, teorias de “gauge” e teoria de campos.

Bibliografia: D. J. Griffiths, Introduction to Elementary Particles.

Bibliografia Auxiliar:

D. H. Perkins, Introduction to High Energy Physics.

F. Halzen, A. D. Martin, Quarks and Leptons: An Introductory Course in Modern Particle Physics.

R. N. Cahn, G. Goldhaber, The Experimental Foundations of Particle Physics.

R. C. Fernow, Introduction to Experimental Particle Physics.

A. Bettini, Introduction to Elementary Particle Physics.

R. Mann, Introduction to Particle Physics and Standard Model.

C. Bromberg, A. Das, and T. Ferbel, Introduction to Nuclear and Particle Physics.

Pré-requisitos:

Recomendações de matemáticas: Cálculo Vetorial e Tensorial, Funções Complexas e Transformadas Integrais.

Recomendações de física: Mecânica Quântica e seus pré-requisitos, Mecânica Analítica I e II e Teoria da Relatividade.

Avaliação: Listas de exercícios e provas.

Site do curso na página do Bacharelado em Física

Site do curso no tidia: Inscreva-se!

 

5th School on Cosmic Rays and Astrophysics

5th School on Cosmic Rays and Astrophysics
LA PAZ, BOLIVIA, 22 – 31 August 2012.

We are pleased to announce that the 5th School on Cosmic Rays and Astrophysics will be held in La Paz, Bolivia from the 22nd to 31st August 2012. The School is organised by the Universidad Mayor de San Andrés (UMSA) through its Physics Research Institute and previously has taken place in Bolivia (2004), Mexico (2006), Peru (2008) y Brazil (2010). The bi-annual School on Cosmic Rays and Astrophysicsis supported by the active participation of leaders in this field from various countries. The School seeks to foster active young physicists in this exciting area of physics and promote knowledge
and research on cosmic rays in physics and astrophysics within the Latin American
community involving undergraduates, postgraduates and active researchers in this dynamic field. More information on the aims, themes, invited speakers, registration details and important dates relating to the 5th School on Cosmic Rays and Astrophysics can be found at:

http://www.fiumsa.edu.bo/5scra2012/index.html

On behalf of the organising committee we thank you for sharing this announcement with
members of your prestigious institution and look forward to a successful and well
attended event.

Dr. Wilfredo Tavera, IIF-UMSA, Bolivia (Co-chairman)
Prof. Oscar Saavedra, Universidad de Torino, Italia(Co-chairman)

IPM international school and workshop on Particle Physics

"IPM international school and workshop on Particle Physics (IPP12): Neutrino Physics and Astrophysics"
to be held in Tehran, Iran, during
September 26-October 1, 2012.

The meeting will cover various topics including:

   - Theory of neutrino physics
   - Neutrinos in cosmology
   - Cosmic rays
   - High energy neutrinos

The meeting will start with a four day school followed by a two day workshop.
A list of speakers who already agreed to come can be found in
http://physics.ipm.ac.ir/conferences/ipp12/wsl.jsp
For more information, you may visit the website at
http://physics.ipm.ac.ir/conferences/ipp12/wsl.jsp

In case that you are interested, would you please fill in the registration
form available at
http://physics.ipm.ac.ir/conferences/ipp12/register/index.jsp

VIII International Workshop on the Dark side of the Universe

“VIII International Workshop on the Dark side of the Universe”
http://dark.ft.uam.es/du
https://www.metaeventos.net/dsu2012brasil/

Sera’ realizado em Búzios, 10-15 June 2012. Tópicos incluem:

- DM in galaxies
- Observational properties of Galaxies
- Observational Cosmology
- Simulations in Galaxy Formation
- DM candidates
- DM searches
- Why bother modifying Einstein’s Theory?
- Ultra high energy cosmic rays
- Neutrinos
- Dark Energy
- PLANCK.