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Resumo executivo

O conceito científico de Mudança Climática é muito difícil para a maioria da população e há uma tendência em percebê-lo como um problema abstrato, longe no tempo e deslocado no espaço. É importante, portanto, promover um ensino, em todos os espaços de aprendizagem, baseado no aprofundamento científico sobre o tema através, por exemplo, da confecção de materiais didáticos interdisciplinares com conhecimentos acumulados sobre clima e mudanças globais. O presente projeto propõe o desenvolvimento, aplicação e teste de dois jogos educativos, interdisciplinares e sistêmicos, sobre as influências das mudanças climáticas nos ambientes marinhos e costeiros. Ambos os jogos (Trilha Interpretativa Virtual e Livro-jogo virtual) serão voltados para alunos de ensino fundamental e médio, serão disponibilizados na internet e avaliados em termos de eficácia como material educacional.

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Objetivo e justificativa

A combinação do crescimento populacional, hiper-materialismo, consumo generalizado de combustíveis fósseis e desenvolvimento tecnológico intensivo baseado no carbono foi a principal causa do processo de aquecimento global dos últimos 50 anos (Dias, Castro, Seoane, & Camargo, 2009). Segundo o Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA), é responsabilidade não só dos governos, mas também de todos os cidadãos, a mudança de postura em relação ao meio ambiente com vistas à minimização e possível reversão da influência antrópica nas mudanças climáticas globais, levando à constituição de uma sociedade de baixo carbono. Esse é um grande desafio, pois existe um distanciamento claro entre a compreensão do fenômeno das mudanças climáticas e a relação com o dia-a-dia das pessoas (Tamaio, 2010).

Neste contexto, a Educação Ambiental (EA) configura-se como sustentáculo para o alcance de uma abordagem crítica e transformadora do tema, possibilitando em um futuro próximo a massificação do esforço de mobilização e intensificação das ações da sociedade civil que alertem aos dirigentes do mundo sobre o papel que devem desempenhar na condução desse desafio emergente. 

Essa proposta é baseada nos pressupostos e conceitos do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS) e os pressupostos pedagógicos da Declaração Internacional de Educação Ambiental da Conferência Internacional de Tbilisi  (Brasil, 1999, 2005). As atividades também pressupõem o conceito de educação ambiental holística, visando à transformação e aperfeiçoamento do indivíduo, além do entendimento dos fenômenos naturais de forma integral(Weil, 1991) e, portanto, à busca de alterações comportamentais, éticas e de valores devidas a ganhos cognitivos, de habilidades e do envolvimento emocional com os ecossistemas marinhos e costeiros.

 

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Resultados esperados

Como resultado do presente projeto, pretende-se:

 a)A criação de dois jogos educativos para uso por escolas de ensino fundamental e médio da rede pública e particular de ensino, que serão disponibilizados na internet (Trilha Interpretativa Virtual e Livro-Jogo Virtual);

 b)Sensibilização e conscientização de alunos do ensino fundamental e médio sobre as mudanças climáticas e seus efeitos nos ambientes marinhos e costeiros;

 c)Indicação de alterações de comportamentos e atitudes dos jogadores em relação às suas atividades individuais que possam contribuir para a emissão de gases do efeito estufa, o que será medido por meio dos registros de log dos jogos;

 d)A confecção de um “Guia de apoio ao formador” para ser utilizado em conjunto com a atividade da “Trilha Interpretativa Virtual”;

 e)A formação de recursos humanos na área de criação de materiais instrucionais;

 f)Artigos científicos relacionados à avaliação educacional das atividades propostas.

 Uma vez que os jogos serão disponibilizados na internet, isso não excluirá a possibilidade de qualquer pessoa (seja estudante da educação básica ou não) de acessá-los e jogá-los. Portanto, embora todo o planejamento dos jogos esteja voltado para as escolas, espera-se um alcance maior do que apenas este público.

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Apoio e financiamento

Este projeto é financiado pela FAPESP (processo nº 2012/03922-3) e está vinculado à Rede de Monitoramento de Hábitats Bentônicos Costeiros - ReBentos (MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT; Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010; Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade - SISBIOTA BRASIL; FAPESP processo nº 10/52323-0).

 

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